domingo, 3 de abril de 2011

Baú de memórias... Hoje é tesouro meu!!



Hoje enquanto fazia as malas para daqui a nada seguir para a Covilhã, abri a gaveta da minha mesinha de cabeceira direita, por incrivel que pareça já não a abria à anos, apenas uso a da esquerda para guardar objectos do dia a dia como tabaco, chaves, trocos etc etc...

E lá estava o meu Baú de memórias que a anos atrás seguramente teria vontade de o destruir mas o esquecimento o fez chegar aos dias de hoje e... ainda bem.
Abri e percebi que tinha ali um tesouro, cartas repletas de inocência e juras de amor eterno, bocados de muita gente que já passou pela minha vida e me enriqueceu, fotografias de pessoas especiais que mutuamente nos fizemos felizes, que o tempo teimou em remeter para o esquecimento, fotografias de momentos, fotografias minhas entre as quais encontrei uma onde tinha o cabelo todo as tranças... LOL, lembrei-me da tarde de seca que dei e levei enquanto me faziam e lembrei-me também do quase ataque cardiaco que dei aos meus pais quando cheguei a casa.

Encontrei cartas de pessoas apaixonadas que se diziam magoadas porque não sei quem lhes disse que me tinham visto a fumar... instintivamente sorri, encontrei cartas a condenarem a minha timidez... que me levaram logo a interrogar-me a mim próprio, Sou tímido?, encontrei cartas a dizerem que eu era meio complicado... ri e admiti para mim próprio que nem tudo mudou em mim, encontrei cartas de pedido de namoro com dois quadrados para eu colocar a minha opção, ou sim, ou não, de alguém a quem eu sequer nem me dei ao trabalho de responder... Sorri e pensei não se faz...

Perdi algum tempo a ler tudo, sempre a sorrir sabendo que provavelmente à uns tempos já me fizeram chorar mas deu-me mesmo gosto embora me tenha feito sentir velho. Onde pára aquela inocência linda da altura? perdeu-se...mas não posso perder as lembranças desses tempos, e pensei... nunca me posso desfazer desta caixa, está aqui parte da minha vida e se hoje fiquei feliz ao revê-la, imagino o gosto que me dará voltar a revê-la daqui a 20 ou 30 anos. Agora só falta colocar nela mais um bocado da minha vida, um pequeno objecto, usado com alguma insensatez e que à uns tempos atrás jurei vende-lo, mas hoje não... esse objecto também faz parte do meu baú de memórias e decididamente vai ter que ir lá para dentro.

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