sábado, 7 de março de 2009

Cantinho dos contos - O Sopro da Mentira


Era uma vez, na época em que os animais falavam, 3 mentes descontraídas a viver em harmonia com o mundo.

Um dia , as mentes sentiram a soprar uma brisa, preocupadas em passar frio elas construíram um abrigo para elas mesmo.

A primeira mente, ainda inexperiente e fraca constrói uma protecção de palha para si. Ao soprar o vento, destruiu a sua protecção, obrigando a passar o resto das suas noites ao frio, sem protecção, influenciada pelos caprichos de toda a natureza que a rodeava...

A segunda mente, uma mente confiante e com grande potencial, embora descuidada, construiu o seu abrigo de madeira. Um abrigo quente e forte que o vento por muito que sopra-se não conseguia derrubar, então vendo-se em dificuldades, o forte e esperto sopro pensou numa maneira de atacar a mente, decidiu atear um pouco de fogo e depois soprar para queimar e derrubar o abrigo...resultado a segunda mente viu-se também derrotada e sujeita aos caprichos do vento.

A terceira mente, por seu lado, uma mente forte e inteligente ergueu sobre si um abrigo de pedra, mais frio, sujo e trabalhoso que os anteriores é certo mas também mais resistente. Quando o sopro chegou nada pode fazer para atacar a mente, desesperado o sopro tentou de tudo para lá chegar, ansioso de poder controlar mais uma mente. Usou todos os seus recursos para descobrir um ponto fraco ao seu adversário.

O soprou pensou e descobriu que embora não consegui-se causar danos por fora se lá consegui-se entrar podia causar grandes estragos, como tal decidiu entrar na primeira oportunidade que teve, convencido que a vitória estava certa. Mas ao entrar foi preso numa garrafa. Surpreendido perguntou à mente mais forte como ela o tinha derrotado

A mente sorriu, “desde que te senti, ainda tu eras só uma brisa, eu vi logo quem eras, o sopro da mentira. Podes ter cegado as outras quando lhes lançaste poeira para os olhos disfarçada num doce aroma, mas a mim não. Podemos não falar a mesma língua, mas mesmo assim eu percebo as mentiras que sopras, o mesmo não se pode dizer de ti... tu nunca percebeste a verdade e como tal eu pude agir à tua frente sem que te apercebesses...”


Moral da história...


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