terça-feira, 24 de março de 2009

Carta de um Deus




Sinto me envergonhado por um dia algures perdido no passado ter me resignado a uma morte solitária numa cruz fria para defender o que acreditava até á altura ser a raça mais racional e pura que existia...

Passados 2000 anos dou voltas no meu reino a tentar encontrar motivos para o ter feito. Talvez o fizesse como verdadeiro teste á vossa falsa perfeição ou talvez o tenha feito em tom de aposta acerca do tempo que levariam a autodestruir-se.

Causa-me insonias ver, certos mortais vagos de ideias acreditarem ser os senhores do mundo, do meu mundo onde eu e unicamente eu me sobreponho á fisica traçando da maneira que me dá mais real gozo o vosso destino.

Arrepia-me ver que o inferno é um condominio fechado para onde todos parecem querer caminhar.

Assusta-me a ideia de guerras de morte e de bombistas fanaticos a acreditarem na reencarnação após a morte... pobres coitados.

Desilude-me profundamente ver a juventude a caminhar á beira do abismo, sem rumo nem moral, sem respeito nem opiniao, sem amor e sem integridade, mas não desisto de vós... acredito na juventude... embora existam algumas almas perdidas sem respeito pelo proximo, que guiam a sua vida á luz da falsidade, que se entregam a uma amizade apenas se esta lhes der mais do que aquilo que pede, que lançam intrigas, que mentem, que enganam, que traiem, que finjem, frutos de passados escuros vivem presentes envenenados por uma futil ilusão .

Mas eu acredito na força da juventude, misturada na mais doce fruta sempre existiram algumas peças podres, mas graças a mim elas nunca passaram nem passarão de uma minoria...

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